quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Messianismos...


Tempo de crise deve ser tempo de discernimento, de julgamento, de clarificação, como decorre do termo origem de crise ― krinéin (gr.): julgar.

Em alturas difíceis, acontece o geral das pessoas suspirar pelo surgimento de alguém que salve. Espera-se a chegada de um “messias”.

Ocorreu-me isto agora que Barack Hussein Obama tomou posse como 44º presidente dos EUA.

A sua figura, o facto de marcadamente ter raízes africanas directas, a sua campanha, tudo isto gerou um invulgar movimento entusiástico de adesão a ele e às suas teses. E com razão.

Admiro a sua naturalidade e frontalidade, a sua simplicidade e simpatia, o seu projecto de renovação.

E o interesse que a sua tomada de posse suscitou foi apenas o corolário de toda a expectativa iniciada na sua nomeação para candidato a presidente pelo partido democrático.

Temo apenas que o capital de confiança nele depositado tenha efeitos narcóticos e anestesiantes: as pessoas, depositando nele as suas fundadas esperanças de mudança, se esqueçam que também lhes toca um papel na construção de um mundo melhor.

Ele é o presidente dos EUA, não o messias.

Não nos podemos demitir.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Brincadeira de mau gosto?!...







Delicioso o texto (comentário) do Ricardo Araújo Pereira.

Procura-o em aeiou.visao.pt/Opiniao/ricardoaraujopereira/Pages/Circunspeccaodemaugusto.aspx