sábado, 3 de outubro de 2009

Ser verdadeiro num mundo de aparências!...
















Não sei quantas pessoas ontem (02.Outº.2009), ao verem a sessão do concurso “Jogo Duplo” se terão interrogado sobre um aspecto aparentemente sem importância, mas profundamente revelador de um ambiente de aparências, de máscaras, de simulações. Aquele jogo supõe o “bluff”. E, naquela sessão, um dos concorrentes apresentou-se como padre. Os outros concursantes não o tomaram como tal. E ele foi dizendo, em cada momento o que ia sentindo. E afirmava que estava a dizer a verdade. Mas não o tomavam a sério. E chegou-se à final. Ele disse que ia carregar no botão. E fê-lo. Mas o outro concorrente, pensando ser mentira, antecipou-se e carregou também. O concorrente António (no caso, o padre) acabou por ganhar a sessão tendo estado sempre em último lugar! O outro concorrente, o Almiro, ficou estupefacto, pois ele tinha sido, durante todo o concurso, quem se encontrava em primeiro lugar. E ele disse que, de facto, nunca acreditara no que o António dissera. Ou seja, neste mundo de aparências, dizer a verdade não é inteiramente expectável. Parece preferirmos a mentira ou a meia-verdade. Medo de chocarmos ou outros? Medo que também eles nos confrontem com a verdade? As águas estagnadas parecem ser o nosso elemento… esquecendo-nos que só a corrente vigorosa da verdade nos libertará.